Da luta pela igualdade

Assisti ao filme "Selma: uma luta pela igualdade", bela produção sobre a trajetória de Martin Luther King Jr. e seus colaboradores, numa cidade do Alabama, a favor da liberdade de exercício do direito ao voto também para os afro-americanos. O filme é um soco permanente na cara, porque faz pensar sobre os caminhos que nos levam à violência. Uns mais visíveis, porque físicos e verbais; outros, simbólicos, sutis, em pequenos atos, acordos e tramas. Uma realidade que sempre existiu e é a forma como os desumanos criam situações para a disseminação do ódio, caminhos que só se aperfeiçoam e radicalizam, desde sempre. O bom da narrativa do filme é mostrar a luta em favor da vida, de um homem consciente a respeito dos desafios de seu tempo e espaço, para não deixar que esse ódio se disseminasse nele mesmo. Para quem conhece apenas o discurso de King “Eu tenho um sonho” ou os registros dos livros didáticos a respeito de um dos maiores ativistas de direitos humanos dos EUA, não...