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Mostrando postagens de abril, 2020
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Série Converso: Especial do Dia Nacional do Livro Infantil, de 18 a 25/04/2020. No meu canal: https://www.youtube.com/channel/UCZWJmryZ7SZcdgiYLxEcyqQ?view_as=subscriber
Em 25/11/2019, defendi a tese "A INVENÇÃO DE UM MODO”: MOVIMENTOS LÍRICOS NA POESIA DE ADÉLIA PRADO, junto ao PPGL/UFES. Disponibilizo aqui o link para possíveis interessados: http://letras.ufes.br/pt-br/pos-graduacao/PPGL/detalhes-da-tese?id=13834
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Conheça a Série "Converso", leitura compartilhada de poemas de autores diversos. Passa lá, veja, curta, compartilhe, deixe seu recado e assine o canal: https://www.youtube.com/playlist?list=PLKLDk555RZon5PvaQUPG4hBcSQnbjmpaD

Nota

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Nos últimos dois anos, publiquei aqui os poemas do meu livro "Femear" (2014), na expectativa de oferecer àqueles que não o conhecem, o acesso a seus versos.  Ontem, postei o haicai que fecha o livro.  Daqui pra frente, dedico este espaço a produções posteriores. Caso queira adquiri-lo, é só me procurar. Contato: pinheirosilvana12@gmail.com
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uma mulher nasce cresce como a relva mas tão logo murcha
Série "Converso" Leitura compartilhada de poemas de autores diversos: https://www.youtube.com/playlist?list=PLKLDk555RZon5PvaQUPG4hBcSQnbjmpaD

solitude

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as mulheres cresceram ai, meu Deus, como cresceram em toda parte com arte, com graça cresci ai, meu Pai, como cresci e ainda tenho medo mas cresço apareço suporto nosso crescimento e toda a dor ai, meu Cristo, suportamos suportamos toda a dor do crescimento e nossos homens ficaram perplexos ai, Senhor, como ficaram e ainda estão tiraram seus limites, suas fronteiras nossos limites, nossas fronteiras içaram nossas âncoras como içaram... ai, Jesus, como içaram a desmargem ficou ficou a expansão gritou a desseparação e agora, José? e agora, Maria? o papel se foi o encaixe ruiu o deslocamento se fez e se faz sempre e ainda sem divisões nem subtrações há somas multiplicidade destotalidade maria se refez, se refaz e josé? josé anda perdido como se quisesse achar ai, Santíssimo, como anda perdido não entendeu que não há o que achar há que apenas ser o que for possível e as mulheres perguntam ai,

aos seus pés

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derramo perfumes de um frasco quebrado mistura de cheiro e lágrimas unguento que escorre por entre meus dedos sobre seus artelhos calejados em cada entrança e andanças molho o dorso rego ramos trajetos de veias e músculos que rondam calos enrijecidos longas caminhadas ressecados enegrecidos por ventos e poeira envolvo minhas mãos em sua pele e plantas de pés cansados vai o tempo acaricio recantos amacio um canto um gemido e a dor de todo o meu pranto com o sabor de seus sofrimentos estendo meus cabelos acolho os elos de seus passos pegadas que anelo enxugo firme entre as mãos e o novelo dos fios de minha fronte que aninham suas raízes com maciez e aconchego curvo-me sobre as curvas de seu tornozelo desvelo seu calcanhar aquilicamente ferido cicatrizes e bolhas velhas centelhas pruridos que queimam pela força do chão que marca seu caminho ali sobre a tez de seus pés amparo seus pelo