Olhos calçam óculos de medo Lentes embaçadas com farpas E chapiscos de artilharia Veste tecida com divisão Chapéu sob balões de quadrinhos Onomatopéias dos gestos De heróis loucos de um roteiro bélico De superiores desenhistas. Há um muro na cidade Um muro segredando distâncias Pés perseguem pista do amanhã Mãos acolhem barras do brinquedo Sorriso risca um leve enredo De breve e simples diversão Uma estória se inscreve no peito Camisa branca encobre Batida disritmada de um músculo Que pulsa saber-se parte Do mesmo chão. Há um muro na cidade Um muro murmura comunhão. In: FEMEAR/2014.